Restaura Brasil
O Restaura Brasil é uma campanha que mobiliza pessoas e empresas em um movimento coletivo em prol da restauração da vegetação nativa, com o objetivo de restaurar 1 bilhão de árvores no país, em 400 mil hectares, até 2030. Por meio da doação de árvores, é possível aumentar a escala da restauração florestal no Brasil e avançar no combate às mudanças climáticas. O Restaura Brasil faz parte da campanha global da The Nature Conservancy chamada Plant a Billion Trees.
As mudanças climáticas avançam de forma alarmante, em função de um longo histórico de degradação de florestas nativas em todo o mundo. A restauração florestal é uma atividade fundamental no combate às mudanças climáticas, influenciando diretamente a produção de serviços ambientais, como a estabilização climática, o abastecimento de água e a manutenção da biodiversidade.
No Brasil, existe um déficit de vegetação nativa de cerca de 21 milhões de hectares, quase o tamanho total do Reino Unido, concentrado especialmente nas bordas da Amazônia, por quase toda Mata Atlântica e no sul do Cerrado. A meta do governo brasileiro para o Acordo do Clima de Paris é de restaurar 12 milhões de hectares até 2030.
Vamos todos contribuir para que o Brasil alcance o ritmo e a escala necessários para atingir essa meta tão importante para o país e para o mundo.
Entenda como o Restaura Brasil funciona, da sua doação até o monitoramento da floresta restaurada.
Existem diferentes técnicas de restauração, e cada uma ajuda a solucionar um problema específico. Conheça as técnicas utilizadas pelo Restaura Brasil:
São plantios que promovem a recuperação de áreas, intercalando espécies de formação florestal com espécies agrícolas ou para fins econômicos.
Para áreas com pouca diversidade florestal são realizados plantios de espécies específicas dos estágios mais tardios da regeneração natural de florestas.
Para áreas em processo de recuperação natural, mas com grandes clareiras, são plantadas mudas de espécies nativas em locais específicos.
Em áreas com pouca regeneração natural, são misturadas sementes de espécies nativas e de adubação verde que são espalhadas manualmente ou por maquinários agrícolas.
Para áreas com baixa regeneração natural, é realizado o plantio de mudas de diversas espécies nativas da região, seguindo as etapas do processo de sucessão florestal.
Para áreas já em recuperação, é intensificado o processo com ações de manutenção do coroamento, adubação e controle de formigas e pragas.
São utilizadas espécies florestais lenhosas e de gramíneas que garantam o em estar e incremento de proteína vegetal ao animal, além da geração de renda local.
Para deter os fatores de degradação, são construídas cercas, implantados aceiros e criadas faixas marginais, entre outros.
Técnicas para melhorar a qualidade do solo, que podem incluir adubação verde, construção de taludes e outras formas de contenção de erosão.
As florestas são capazes de sequestro e armazenamento de carbono atmosférico por meio de processos de fotossíntese e crescimento de árvores. O carbono é absorvido e assimilado pela folhagem da árvore e é armazenado principalmente em tecidos lenhosos, como troncos e raízes, bem como em ramos e folhagens na forma de compostos orgânicos ricos em carbono, tais como celulose e hemiceluloses, lignina, amido, lipídios e ceras.
A restauração de florestas em áreas desmatadas é uma forma natural e eficiente de absorção de parte do excesso no CO2 da atmosfera, constituindo um mecanismo importante de compensação significativa das emissões de gases de efeito estufa.
No Restaura Brasil, o sequestro de CO2 é contabilizado por meio da abordagem de Nível 1 (Tier 1), proposta pelo IPCC1 (sigla em Inglês do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) em 2006. Nas estimativas de CO2 total capturado por meio das atividades de restauração, são levados em conta os seguintes fatores: